Thursday 30 January 2014

My Hope

























... a escola de hoje desvaloriza a relação, mata precocemente a curiosidade. A metodologia é basicamente expositiva, com os alunos em posição passiva de suposta absorção por colagem de conhecimentos; a exigência é colocada, acima de tudo, na memorização e repetição de apreensão de conceitos expressos em dois momentos trimestrais de avaliação, os testes escritos. As actividades criativas, expressivas ou até mesmo físicas são desvalorizadas.
p.68
...

a dita "paralisia psíquica" é apenas um sinal do desinteresse mútuo deles pelo mundo e, simultaneamente, do mundo por eles.
p.69
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o crescimento afectivo é deturpado, pois ou nunca se cresce sobre a adolescência, ou entra-se falsamente num mundo demasiado adulto, com necessidades futuras de retomar episódios perdidos ou nunca devidamente vividos. O círculo não se fecha já que, na realidade, também nunca se abre verdadeiramente no sentido da expansão, da segurança, da criatividade.
p.69
...

"Fechar o círculo" é um movimento esperado no desenvolvimento grafo-motor das crianças que é esperado atingir até aos 3 anos de idade. Ilustra a noção psíquica de um "eu" que se delimita em relação a um mundo interior e a um mundo envolvente... Mas, fechar o círculo não significa um movimento contrário à interacção com o outro, com o desconhecido, com o que questiona e faz duvidar.
p.69,70
...

"A escola não me diz nada... Estou lá e não estou. Gosto das amigas, gosto dos amigos, dos intervalos, o resto são páginas em branco. São as paredes lisas dos corredores que me fazem sentir sozinha mesmo quando estão cheios de gente. Às vezes penso se haverá mais alunos que sentem o mesmo do que eu", dizia há anos a Catarina, então estudante do ensino secundário. (...) Anos depois, já com um curso de Artes realizado, telefona-me para falar da filha com dificuldades na iniciação à aprendizagem escolar:
"Não quero nada que ela comece a sentir o desinteresse que eu senti... Quero mostrar-lhe que a escola pode ter coisas giras para descobrir", concluía.
p.72




We Found Love In a Hopeless Place






























idade média dos autores: 4 anos









...

como quem de repente
se vê sem dar por isso e até que se aperceba
no espelho de uma montra
familiar
fugaz
um pouco desfocado
mas pouco a pouco
e de fora para dentro
inteiro

...


Luis Amorim de Sousa
(citado por Pedro Strecht na p. 70)

























































































a obra de arte é coerente, não é monótona, não se repete, não imita, não invade, é bondosa, não ensurdece, nem cega, não dá murros, não obedece, inspira ordem, não se apropria do bom, prolonga-o, a obra de arte é humana e divina ao mesmo tempo, a obra de arte é carente, a obra de arte é capaz, a obra de arte muda, a obra de arte tem um tempo, tem destino e transforma, a obra de arte é real e mágica, não se esconde, ilumina, é magnífica, a obra de arte pertence ao mundo

a obra prima é a Criança. 





Diamonds



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